Não creio no Opus Dei

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Caros leitores, li o artigo "Meu bem... meu mal", e não posso deixar de comentar.

Como aparece escrito nos comentários do citado grupo do Orkut, que a Obra é, sim, interessante e faz bem. MAS, isto é o que acontece no início, quando as pessoas estão se aproximando da Obra. Talvez para alguém mais velho, já formado, e que vá para o trabalho de /São Gabriel/, ou seja, alguém que apenas possa tornar-se super-numerário, e para os cooperadores, principalmente, seja sempre esta a impressão (e a parcela de verdade) que se tenha e se receba da Obra.

MAS, quando a pessoa entra para a Obra como numerário, as coisas mudam! Comigo foi assim. E eu sentia desde então, desde cedo, que "antes" era melhor, até os círculos e demais meios de formação eram mais interessantes: depois de estar dentro, bem dentro, afinal, era um numerário, o principal é a própria Obra. Acima de tudo. Primordialmente, ou mais que isso, exclusivamente. O mais importante. A gente aprendia a ser e fazer a Obra. E, afinal, o que vinha a ser este aprendizado, este "treinamento"? Provavelmente já está escrito ou transparece em outros artigos deste site, mas eu resumiria aqui: o importante é fazer a Obra crescer. Crescer, crescer, crescer, mais "vocações", mais membros, mais membros, mais, mais, mais...

Talvez eu não tivesse nem um ano como numerário, talvez nem seis meses, e aquilo já parecia ser um cancer, eu não conseguia entender ou ver justificativas para aquela mentalidade, aquele objetivo de crescer acima de tudo - claro, não se falava em 'crescer', mas em 'mais vocações' (de numerários, super-numerários). Já nem importava o simples "apostolado" (que é o que atrai, os meios de formação para os que estão chegando - o trabalho de /São Rafael/, como é chamado lá dentro da Obra, e que é tão importante pos através dele chegarão as melhores vocações, ou seja, mais numerários... para que depois arranjem mais numerários, como um câncer que cresce descontroladamente. O 'foco' não era nem qualidade, mas quantidade. Era assim que eu sentia e tentava compreender. Aliás, a palavra "proselitismo" era (e é) entendida pela Obra num sentido muito peculiar, diferente do verdadeiro: entende-se como 'conseguir mais vocações', e não com o sentido negativo que a palavra tem, de ser uma atitude constrangedora, sem respeitar liberdades, de forçar conversões e adesões. Quem por acaso acha que proselitismo é uma coisa boa, desculpe-me, mas aprendeu um sentido deturpado e inadequado.

Afirmo: passei, pessoalmente, verdadeiramente, pela experiência do "meu bem", senti o bem que a Obra faz, tanto que depois fiquei com saudades dele, pois passei para o /bem da Obra/, acima e antes de tudo -até da Igreja, dá para duvidar - e isto foi o "meu mal". E, vendo neste site, esta experiência é generalizada, não sou só eu a sentir assm. Mais círculos de leitura, mais contribuições para OSUC, etc... Mais gente nas meditações, amigos na direção espiritual (depois que se "apita" a direção não é mais com os padres, mas com o diretor do centro ou outro numerário), mais etc.

Engraçado também ler em outros depoimentos, como na "Discussão em listas católicas no Yahoo", quando alguém que só conhece o lado "meu bem" duvida que exista o lado "meu mal". De fato, há até pessoas que falam mal da Obra sem a conhecerem bem, às vezes até muito superficialmente, muito grosseiramente, /mas o que se encontra neste site é verdade/, apesar de chocante. Escrito por gente que conheceu e conhece a fundo a Obra, pois já esteve lá dentro.

Vão perguntar se eu conheço quem escreve neste site? Alguns talvezconheça (e até saiba quem sejam), outros eu gostaria de reconhecer e reencontrar, caso também escrevam. Mas não preciso conhecer pessoalmente: basta ler e ver que passaram pelo mesmo que eu também passei para saber que sabem muito bem do que estão falando. Duvidar disso seria ingenuidade muito tola, portanto, imprudência.

Por isso acho graça ao ver gente perguntando se aqueles que escrevem neste site, desfavoravelmente para a Obra, a conhecem. Sim, conhecem, eu conheço. Aliás, parodiando o comentário do senhor Márcio Braga (1-03-05) (vide "Discussão em listas católicas no Yahoo), digo sim, alto e bom som, na Missa, CREIO NA IGREJA UNA, SANTA, CATÓLICA E APOSTÓLICA, e posso dizer aos quatro ventos que /não creio no Opus Dei/, nem em sua "inspiração divina".

Último comentário: fico feliz de ver gente escrevendo aqui alguns dos "podres" da Obra, mas gente que ama a Igreja e vive com Fé. Pois, acho, talvez a maioria dos ex-membros tenha "dado um pontapé" em Deus, e nem mesmo vá à missa dominical. Vai ver a Obra conseguiu ficar acima da Igreja (e do próprio Deus) em suas cabeças, foram realmente formados (deformados) em 'outros Opus Dei, fazendo o Opus Dei' no meio do mundo, que, quando a bolha estourou, apagaram Deus de suas vidas. Perderam a fé, não acreditam que Deus seja bom, e nem querem saber. Este é um outro lado muito mau, um estrago muito sério, causado pela Obra. E, como diz o Evangelho, "ai daquele que produz escândalos! Seria melhor para ele que lhe amarrassem uma pedra de moinho ao pescoço e o lançassem ao mar, do que escandalizar um destes pequeninos". O que dizer quando a Obra faz as pessoas perderem a fé?

Que excelente oportunidade de alertar sobre o lado oculto, o "meu mal" da Obra!

Saudações e paz de verdade - não mais 'pax'! - a todos que leêm este site!

Pelos motivos já citados alhures, assino apenas com algumas iniciais. Se alguém duvida que eu existo, e digo a verdade, autorizo os responsáveis pelo site a enviarem os questionamentos e os emails para mim para que, após avaliação, eu possa confirmar estes fatos.

LH